Hoje pela manhã, quase debruçada na pia do banheiro, pensei sobre as pastas de dentes. É sério, existem várias delas, chega a ser irritante ter que ir ao mercado comprá-las, a mesma marca oferece diversas opções: mais branco, ultrabranco, ultrafresh, sem tártaro, proteção 12h, proteção 24h, proteção até o tumulo. É um horror mesmo. O pior é que nem todo mundo sabe, mas a maioria dos cremes dentais são fabricados pela mesma empresa, eles só mudam o nome, e depende do nome você paga o pato, ou melhor paga mais caro pela marca.
Mas por que eu estou escrevendo sobre isso? Bom, primeiro porque eu acho absurdo que ela nunca seja lembrada, cara, esse produto é um dos mais essenciais no nosso dia-a-dia, muito mais quando você decide comer macarrão ao alho & óleo, meio-dia, ou quando voltou da balada com bafo de álcool e quer disfarçar para seus colegas, pior ainda foi ter ido almoçar na casa da sua sogra que adora fazer aquela salada de cebola crua, e sempre vem com a história: “come mais um pouquinho”. Enfim, que sua boca fica com hálito fresco, puro e blá blá blá, isso todo mundo sabe. O que não se sabe é que na verdade o alto consumo de creme dental faz mais mal do que bem, porque você poderia muito bem escovar sua linda arcada dentária apenas com uma boa escova, ela sim é que tem que ser cheia de firulas, e água. Depois, meu caro, dá uma enxaguada com enxaguante bucal, dará o mesmo efeito: boca limpinha.
Não estou aqui para defender um lado ou outro, nem para atacar a indústria, isso não é do meu feitio, mas conversando com alguns amigos descobri que algumas pastas de dente são testadas em animais, isso eu achei de uma crueldade tremenda, até agora eu estava acreditando que nada disso existia, existe e muito, então antes de comprar a sua, faça uma pesquisa, compre produtos que não sejam testados em animais, normalmente ele será mais barato para o seu bolso e não irá agredir nenhum serzinho.
Vamos voltar à pia do meu banheiro? Tá, então, fiquei lá escovando os dentes, e pensando sobre como é solitária a vida da pasta de dente, ela normalmente está sozinha, nunca vi alguém que tenha dois tubos abertos, um do lado do outro, não é como as escovas, elas vivem sozinhas por um período, mas sempre acabam ganhando uma companheira de potinho. O afago que elas ganham é na hora em que são derramadas por cima das escovas, eu diria que é uma transa - e que as escovas dentais me desculpem, mas vocês são safadééénhas, hã? -, sim, sim, é a transa, o único contato que a pasta de dente tem com outro ‘ser’, elas se agarram, e ficam dançando dentro da boca do cidadão, depois o momento final é aquele montão de água, ou enxaguante bucal – xuáááá - acabou por aquele momento, e ela vai por água abaixo, literalmente, a escova volta para sua companheira como se nada tivesse acontecido, e nem deu tempo da pobre pasta de dente perguntar: “Foi bom para você?”. Os cotonetes, algodões, escovas de cabelo, xampus... todos eles têm seus pares, menos a pasta de dente. Coitada.
Coitada nada, deve ser bem feliz, imagina ter que duelar com seu par, porque ela oferece dentes mais brancos e o companheiro oferece proteção prolongada? Bom seria se elas fossem parecidas, se elas, além de outros atributos, tivessem um em comum, poderia ser qualquer um, vejamos: os dois fossem fresh, por exemplo, isso combinaria, ao mesmo tempo em que um tem proteção contra cinco problemas bucais e o outro clareia na hora, uma qualidade igual, muitas diferentes.
Assim como as pastas de dentes são os seres humanos, eles sempre serão seres sozinhos, por mais que hajam cotonetes, xampus ou condicionadores do seu lado. Um dia, alguém se aproxima e juntos tentam somar qualidades, e diminuir diferenças, mas normalmente acaba que cada um vai para o seu ‘potinho’ de novo, pode ser que eles tornem a ficar naquele momento diversas vezes, mas na maior parte deles, voltam sozinhos.
As pessoas nascem sozinhas, morrem sozinhas, ninguém vai junto. Assim como as pastas de dente, a gente abre uma por vez, às vezes até deixa uma companhia do ladinho, quando a primeira já está acabando, mas ela vai acabar, e vai embora sozinha.
Me admira você ter lido minhas tosquisses, e analogias, até aqui, obrigada por sempre estar presente nesse ‘país das maravilhas’.
Mas por que eu estou escrevendo sobre isso? Bom, primeiro porque eu acho absurdo que ela nunca seja lembrada, cara, esse produto é um dos mais essenciais no nosso dia-a-dia, muito mais quando você decide comer macarrão ao alho & óleo, meio-dia, ou quando voltou da balada com bafo de álcool e quer disfarçar para seus colegas, pior ainda foi ter ido almoçar na casa da sua sogra que adora fazer aquela salada de cebola crua, e sempre vem com a história: “come mais um pouquinho”. Enfim, que sua boca fica com hálito fresco, puro e blá blá blá, isso todo mundo sabe. O que não se sabe é que na verdade o alto consumo de creme dental faz mais mal do que bem, porque você poderia muito bem escovar sua linda arcada dentária apenas com uma boa escova, ela sim é que tem que ser cheia de firulas, e água. Depois, meu caro, dá uma enxaguada com enxaguante bucal, dará o mesmo efeito: boca limpinha.
Não estou aqui para defender um lado ou outro, nem para atacar a indústria, isso não é do meu feitio, mas conversando com alguns amigos descobri que algumas pastas de dente são testadas em animais, isso eu achei de uma crueldade tremenda, até agora eu estava acreditando que nada disso existia, existe e muito, então antes de comprar a sua, faça uma pesquisa, compre produtos que não sejam testados em animais, normalmente ele será mais barato para o seu bolso e não irá agredir nenhum serzinho.
Vamos voltar à pia do meu banheiro? Tá, então, fiquei lá escovando os dentes, e pensando sobre como é solitária a vida da pasta de dente, ela normalmente está sozinha, nunca vi alguém que tenha dois tubos abertos, um do lado do outro, não é como as escovas, elas vivem sozinhas por um período, mas sempre acabam ganhando uma companheira de potinho. O afago que elas ganham é na hora em que são derramadas por cima das escovas, eu diria que é uma transa - e que as escovas dentais me desculpem, mas vocês são safadééénhas, hã? -, sim, sim, é a transa, o único contato que a pasta de dente tem com outro ‘ser’, elas se agarram, e ficam dançando dentro da boca do cidadão, depois o momento final é aquele montão de água, ou enxaguante bucal – xuáááá - acabou por aquele momento, e ela vai por água abaixo, literalmente, a escova volta para sua companheira como se nada tivesse acontecido, e nem deu tempo da pobre pasta de dente perguntar: “Foi bom para você?”. Os cotonetes, algodões, escovas de cabelo, xampus... todos eles têm seus pares, menos a pasta de dente. Coitada.
Coitada nada, deve ser bem feliz, imagina ter que duelar com seu par, porque ela oferece dentes mais brancos e o companheiro oferece proteção prolongada? Bom seria se elas fossem parecidas, se elas, além de outros atributos, tivessem um em comum, poderia ser qualquer um, vejamos: os dois fossem fresh, por exemplo, isso combinaria, ao mesmo tempo em que um tem proteção contra cinco problemas bucais e o outro clareia na hora, uma qualidade igual, muitas diferentes.
Assim como as pastas de dentes são os seres humanos, eles sempre serão seres sozinhos, por mais que hajam cotonetes, xampus ou condicionadores do seu lado. Um dia, alguém se aproxima e juntos tentam somar qualidades, e diminuir diferenças, mas normalmente acaba que cada um vai para o seu ‘potinho’ de novo, pode ser que eles tornem a ficar naquele momento diversas vezes, mas na maior parte deles, voltam sozinhos.
As pessoas nascem sozinhas, morrem sozinhas, ninguém vai junto. Assim como as pastas de dente, a gente abre uma por vez, às vezes até deixa uma companhia do ladinho, quando a primeira já está acabando, mas ela vai acabar, e vai embora sozinha.
Me admira você ter lido minhas tosquisses, e analogias, até aqui, obrigada por sempre estar presente nesse ‘país das maravilhas’.
Nenhum comentário:
Postar um comentário