Ontem após o post sobre doação de sangue um amigo me contou que em Brasília, onde ele residia, hoje mora em Porto Alegre, gays assumidos não podiam doar sangue. Eu achei isso um absurdo mas fui verificar se isso se aplicava em todos os estados, e o mais incríve, sim, se aplica ao país, em nota técnica o Ministério da Saúde confirmou que gays e homens que fazem sexo com outros homens (HSH) não podem ser doares de sangue. Segundo os representantes do Ministério, os grupos "mantêm conduta de risco de infecção de doenças como Hepatite B, C e AIDS".
A nota intitulada "Situação de risco acrescido para doação de sangue" é baseada em algumas pesquisas recentes e outras nem tanto, relacionadas à Aids. De acordo com os dados, no Brasil a Epidemia de Aids é menor que 1% na população em geral, e maior que 5% em gays e HSH.
Além disso, estudos nos EUA e na Inglaterra também apontam diferenças significantes no número de casos de Aids entre gays e entre heterossexuais. O mesmo é dito sobre a hepatite C, em uma pesquisa de 1991, "HSH pode ser considerado de risco acrescido para infecção pelo vírus da hepatite C (VHC), apesar da via sexual não ser uma via efetiva de transmissão do vírus".
O Ministério da Saúde chega a conclusão de que estão inaptos para doação de sangue: homens e ou mulheres que tenham feito sexo em troca de dinheiro ou de drogas, e os parceiros sexuais destas pessoas; pessoas que tenham feito sexo com um ou mais parceiros ocasionais ou desconhecidos, sem uso do preservativo; pessoas que foram vitimas de estupro; homens que tiveram relações sexuais com outros homens e ou as parceiras sexuais destes; homens ou mulheres que tenham tido relação sexual com pessoa com exame reagente para anti-HIV, portador de hepatite B; pessoas que estiveram detidas por mais de 24h; pessoas que tenham colocado piercing ou feito tatuagem em lugares que não apresentavam condições de segurança; pessoas que tenham apresentado exposição a sangue ou outro material de risco biológico; pessoas que sejam parceiros sexuais de hemodialisados e de pacientes com historia de transfusão sanguínea; pessoas que tiveram acidente com material biológico.
Antes de encerrar o comunicado, a entidade pede desculpas pela restrição de doadores. "O objetivo não é a exclusão do grupo de gays e HSH desta generosa prática; nem tampouco apoiar atitudes de constrangimentos e de discriminação desta natureza nos serviços de hemoterapia".
Bom, mesmo com todas as explicações eu continuo achando absurdo, afinal de contas se um casal hetero pode se prevenir com camisinha, por que os homossexuais não poderiam? Não dá na mesma? É uma questão de prevenção, mas óbvio que se a pessoa tem vários parceiros e não se previne entra no grupo de risco, e isso não vale só para os gays, mais uma vez eu acredito na discriminação. E você?
A nota intitulada "Situação de risco acrescido para doação de sangue" é baseada em algumas pesquisas recentes e outras nem tanto, relacionadas à Aids. De acordo com os dados, no Brasil a Epidemia de Aids é menor que 1% na população em geral, e maior que 5% em gays e HSH.
Além disso, estudos nos EUA e na Inglaterra também apontam diferenças significantes no número de casos de Aids entre gays e entre heterossexuais. O mesmo é dito sobre a hepatite C, em uma pesquisa de 1991, "HSH pode ser considerado de risco acrescido para infecção pelo vírus da hepatite C (VHC), apesar da via sexual não ser uma via efetiva de transmissão do vírus".
O Ministério da Saúde chega a conclusão de que estão inaptos para doação de sangue: homens e ou mulheres que tenham feito sexo em troca de dinheiro ou de drogas, e os parceiros sexuais destas pessoas; pessoas que tenham feito sexo com um ou mais parceiros ocasionais ou desconhecidos, sem uso do preservativo; pessoas que foram vitimas de estupro; homens que tiveram relações sexuais com outros homens e ou as parceiras sexuais destes; homens ou mulheres que tenham tido relação sexual com pessoa com exame reagente para anti-HIV, portador de hepatite B; pessoas que estiveram detidas por mais de 24h; pessoas que tenham colocado piercing ou feito tatuagem em lugares que não apresentavam condições de segurança; pessoas que tenham apresentado exposição a sangue ou outro material de risco biológico; pessoas que sejam parceiros sexuais de hemodialisados e de pacientes com historia de transfusão sanguínea; pessoas que tiveram acidente com material biológico.
Antes de encerrar o comunicado, a entidade pede desculpas pela restrição de doadores. "O objetivo não é a exclusão do grupo de gays e HSH desta generosa prática; nem tampouco apoiar atitudes de constrangimentos e de discriminação desta natureza nos serviços de hemoterapia".
Bom, mesmo com todas as explicações eu continuo achando absurdo, afinal de contas se um casal hetero pode se prevenir com camisinha, por que os homossexuais não poderiam? Não dá na mesma? É uma questão de prevenção, mas óbvio que se a pessoa tem vários parceiros e não se previne entra no grupo de risco, e isso não vale só para os gays, mais uma vez eu acredito na discriminação. E você?
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3 comentários:
Não sei bem o que pensar... Sim, qualquer atitude de risco pode ser tomada, tanto por homos quanto por héteros. Se for pensar assim, considero preconceito. Mas se for levar em conta os números, e se eles forem verdadeiros, a possibilidade de contágio seria mais com homossexuais... Mas bem, para mim cheira um pouco como preconceito!
Pra mim tb, cheira como preconceito!
Você como receptora de sangue, se sentiria segura para realizar uma transfusão se soubesse que pessoas de um grupo de risco, independente de qual seja, doasse sangue livremente??
Tudo bem, que eles poderiam se prevenir, mas muitos nao se previnem e por vergonha, acabam por omitir este fato no momento da doaçao e por "culpa" destes é q os demais nao podem doar.
Outro fato é: voce sabia que grande maioria dos homossexuais (bem como profissionais do sexo e drogados) que doam sangue, fazem isso simplesmente pelo fato de em troca disso receberem (de graça) exames como hiv, hepatites e outros?? e sabe pq?? justamente por saberem que estao mais expostos a estas doenças ou por medo de terem contraido alguma delas
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